quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um Apólogo


Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: 
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!     "Machado de Assis"

domingo, 24 de julho de 2011

O amor é tao confuso...

Hoje, acordei muito pensativa. Minha cabeça parece estar girando cheia de perguntas e fatos, tudo sobre o amor, o amor, suas implicâncias, e suas “vitórias”.
A minha principal “dúvida” é: como alguns casais conseguem ficar juntos ao longo de anos? Tá, essa pergunta nem é complicada, o amor supera fronteiras. Eu vejo os meus avós, os dois se discordam em tantas coisas, brigam, mas sempre estão juntos. Quando um fica doente ou precisa de algo, o outro faz de tudo pra ajudar... São nessas horas que eu percebo que o amor deles ainda existe, e que é muito forte.
O amor é complicado de se entender. Eu mesma não o entendo. Existem casais que suportam a brigas porque se amam de verdade, como meus avós. Mas existem casais que na primeira briga já se separam, será que aí existe amor mesmo? Bom, é essa questão que não sai da minha cabeça... Talvez a resposta seja que eles realmente não se amam, ou que eles se amam, mas o amor não era forte o bastante pra suportar uma briga.
Outro fato que não consigo entender são aqueles casais que de repente se apaixonam, mal namoram dois meses e já se casam, falam que se amam, e então não dá um mês que eles já pedem divórcio. Alguém acha que isso é amor mesmo? Bom, aí entra a questão acima novamente, ou não se amam ou o amor não era forte o bastante!
Sabe o que eu acho, de verdade? O amor é complicado demais para se entender, acho que cada relacionamento nos traz um novo aprendizado, pois todos nós somos diferentes, cada caso é um caso, por mais complicado ou harmônico que seja.
Para ser bem sincera, acho que não consegui esclarecer nenhuma dúvida minha tão claramente! Poxa, eu só tenho 15 anos, nem conheço o amor direito, não sou especialista nisso! Todos os dias com os fatos que se passam a minha frente, ou os fatos que se passam comigo, eu aprendo um pouco.
A única coisa que eu tenho absoluta certeza, é de que eu quero um amor igual ao dos meus avós, depois de quase 40 anos juntos eles ainda se amam, e tem uma cumplicidade um com o outro imensa, um dos fatos que eu mais admiro neles, e apesar das implicâncias as vezes, eles sempre acabam felizes de novo!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

Acredite

Mas acredite que haverá igualdade
Acredite, que haverá uma sociedade,
Que rico, pobre, branco ou negro,
viverão em harmonia, se dando respeito. ♪ 

                "No Styllo"

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Exigente comigo mesma

Eu ando mais exigente. Exigente comigo mesma. Talvez isso esteja acontecendo porque eu já errei demais. Não que isso seja ruim. Foi por conta dos meus erros que eu sou essa pessoa de hoje. Cansei de dá meu coração a quem não tinha capacidade de amar. De me doar a uma amizade que só tinha algum interesse em mim. Muitas vezes eu gosto das pessoas, mas elas me fazem cada uma que me fazem desgostar em um minuto. Não suporto gente que anda falando pra onde foi, com quem foi, o que bebeu e o que comeu. Isso não me interessa. Não me importa se você anda no shopping ou na feirinha do bairro. O que você come e o que você bebe só dizem respeito a você e mais ninguém. Eu não sei de onde essas pessoas tiram que isso interessa, que vai haver alguma mudança na forma que as pessoas te vêem. Pra mim há e muita, mas não são boas. Se alguém me contar essas vantagens, sendo verdades ou não, meu radar de exigência começa a disparar e eu me afasto com mais de mil. Prefiro ter amigos que possam se contar nos dedos de uma mão e não ter vinte desse tipinho. Meu grau de exigência não acaba ai não. Odeio esse tipo de gente que anda dizendo ao mundo e ao fundo que ama. Usa o ‘’eu te amo’’ como oi e tchau. Fizeram do amor um cumprimento. E isso faz meu radar disparar novamente. Pra mim, essas pessoas que amam todo mundo não sabem realmente quem ama, e eu não me sinto bem em saber que esse ‘’eu te amo’’ pode ser só um oi, um tchau ou um bom dia. Prefiro ouvir isso de duas pessoas que na verdade não precisam me dizer isso porque eu já sei que há amor. Do que ouvir de dez que não me demonstram isso. E quando eu digo que eu errei, foi porque já fui boba demais, me entreguei demais a pessoas que nunca se importaram comigo, que diziam à todo momento que me amavam quando na verdade não era aquilo que estavam sentindo, por isso eu digo e repito: só fale eu te amo, se for realmente verdadeiro, caso contrário jamais mencione essa palavra pois para algumas pessoas ela pode significar o mundo. E só porque falaram que me amavam eu acreditei nesses eu te amo e amei de verdade, sendo amada de mentira. E sabe o que eu ganhei? Um coração partido e uma longa lista de exigências. Então, eu tive que errar pra aprender, e quer saber, eu gosto de errar, assim eu cresço o que eu não cresceria se fizesse tudo certo, pois é... hoje eu cresci amadureci e não sou mais a mesma de 2 anos atrás, e assim vou seguido a minha vida errando e aprendendo :D

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um cão não se importa...

Para um cão,você não precisa de carrões,de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dara o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário? 
  "Marley e eu"

Cuide bem do seu amor, seja quem for!

Aprendi este ano, que devemos cuidar espetacularmente bem de quem nós amamos. Aprendi da pior forma possível. Somente após uma perda valiosa, é que damos valor. Não deixem de dar carinho a quem vocês amam, não importa quem seja: Um amigo, um namorado, um animalzinho de estimação, um conhecido… Enfim, amem-os intensamente. Se não os amarem agora, talvez amanhã, seja tarde demais. Ah e eu recomendo assistem esse vídeo acima ele mudou o meu modo de agir e pensar.